08/12

MITOS E VERDADES SOBRE A PRAIA DO FORTE, NA BAHIA

Você sabia que a Praia do forte não é uma cidade? Ela fica no município de Mata de São João, na Bahia.

 

O blogueiro do Portal PANROTAS Iuri Barreto detalha coisas que o turista precisa saber, entre curiosidades e locais históricos, para que se possa aproveitar o destino. Há também o alerta: não comparar pontos turísticos menos badalados com os mais famosos.

 

Em seu texto, por exemplo, ele comenta o quão prejudicial pode ser dizer que a Praia do Forte é a “Búzios do Nordeste”.

 

Confira abaixo parte do texto de Barreto nessa que é praticamente uma capacitação sobre Praia do Forte .

 

 

Não é uma cidade

 

A praia faz parte do município de Mata de São João, cuja sede fica a 70Km de distância. A vila tem a melhor infraestrutura do Litoral Norte, com agências bancárias, supermercados e outras facilidades, mas – diferente de Búzios –, não é uma cidade.

 

Não está localizada em Salvador

 

Do Aeroporto de Salvador até a Praia do Forte, você precisa passar ainda pelas áreas dos municípios de Lauro de Freitas e Camaçari, na rodovia que segue para a divisa com o Estado de Sergipe. Dá para conhecer Salvador em um dia, por meio de um City Tour, mas não pense que vai conseguir sair à noite, jantar no Pelourinho, e voltar para a Praia do Forte como se fosse ali na esquina – são mais de 80Km.

 

Não espere encontrar festas e baladas em qualquer época do ano

 

Regra geral, a Praia do Forte é um destino bucólico, mais tranquilo, e ideal para casais e famílias. No quesito vida noturna, o clima dos restaurantes costuma ser de happy hour, com música ambiente ou no máximo um cantor de voz e violão (nada de boates ou música eletrônica). Já no Verão e em ocasiões especiais ao longo do ano, o lugar realmente recebe grandes shows – os chamados ensaios de Carnaval, com nomes famosos da Axé Music – e festivais de música.

 

É um paraíso da vida marinha

 

Quatro das cinco espécies de tartarugas marinha que ocorrem no Brasil podem ser encontradas na Praia do Forte. Não por acaso, o local foi escolhido em 1982 para abrigar um dos mais importantes Centros de Visitantes do Projeto TAMAR no Brasil, atendendo cerca de 600 mil pessoas por ano.

 

Para completar, de julho a outubro a região recebe ainda inúmeras visitantes ilustres – é a temporada das baleias jubarte, com disputadíssimos passeios de barco em alto mar para a observação desses animais. E se você viajar fora da época, dá ainda para aprender sobre o tema conhecendo o Instituto Baleia Jubarte, também localizado na Praia do Forte.

 

Tem (bastante) História

 

Os primeiros registros de colonizadores na região datam do Século XVI, quando o português Garcia d’Ávila recebeu do Governador-Geral um extenso conjunto de terras que ia do Rio Pojuca ao Rio Real. Ali mesmo, em 1624, foi construído a Casa da Torre (um castelo-fortaleza em estilo medieval que acabou dando nome à Praia “do Forte”). O local é aberto a visitação e atualmente é conhecido como Castelo Garcia d’Ávila.

 

É ideal para passeios ecológicos e de aventura

 

Desde a idealização do projeto, quando as terras foram adquiridas pelo empresário Klaus Peters em 1972, a Praia do Forte foi concebida para ser um modelo de turismo sustentável na Bahia. A região tem uma ótima oferta de atividades de lazer, como passeios de quadriciclo, de lancha com banana boat e voo de parasail. Além disso, fica próxima à Reserva Ecológica da Sapiranga, uma área de 500 hectares de Mata Atlântica – com rios, tirolesas, caiaques e trilhas.

 

A praia é uma delícia!

 

Como já é de se esperar de uma praia situada na Bahia, a água é morna, a areia é fina e o cenário é emoldurado por um belíssimo coqueiral. Não existe um calçadão ao longo da orla – do ponto onde a vila começa, é preciso caminhar cerca de 600 metros até a praça da igrejinha, onde está o principal acesso à praia. Dali, a opção é caminhar pela areia na maré baixa (quando também se formam as famosas piscinas naturais, perfeitas para a prática de mergulho).

 

Precisamos valorizar nossos destinos e lhes dar visibilidade. Num primeiro momento, uma comparação pode funcionar como boa estratégia de marketing, mas a sua reprodução excessiva pode facilmente cair no lugar-comum. Basta uma rápida pesquisa na internet, por exemplo, para identificar pelo menos mais três localidades apelidadas como a “Búzios do Nordeste”, e isso para não mencionar os inúmeros “Caribes” e “Suíças” brasileiras que ouvimos falar por aí – problema de criatividade, falta de conhecimento, ou um pouco de ambos?

 

Uma venda não pode ser considerada bem sucedida se não for transparente com o cliente – que precisa saber exatamente o que está adquirindo. E para assegurar um atendimento com clareza e precisão, nada como um profissional eficiente e com as informações necessárias para garantir o entendimento correto do passageiro. Para tanto, nunca é demais se dedicar à leitura – seja de jornais, revistas, portais de notícias ou mesmo de blogueiros de viagem –, e estar sempre antenado às novidades e inovações do mercado.

 

Isso me lembra os Jogos Olímpicos de 2016, quando ficou célebre a resposta da ginasta Simone Biles, ao ser comparada a outros atletas já consagrados:

 

“Eu não sou a próxima Usain Bolt ou Michael Phelps. Eu sou a primeira Simone Biles”.

 

A Bahia não é, e não tem pretensão de ser, apenas uma versão de qualquer outro destino já consagrado.

 

A Bahia é a Bahia. E pronto.

 

Fonte e Artigo Completo: Blog Panrotas